08 julho 2021

Burnout nas Organizações



   

 A síndrome de burnout é um distúrbio psíquico causado pela exaustão extrema, sempre relacionada ao trabalho de um indivíduo. Essa condição também é chamada de “síndrome do esgotamento profissional” e afeta quase todas as facetas da vida de um indivíduo.

    Ela é o resultado direto do acúmulo excessivo de estresse, de tensão emocional e de trabalho e é bastante comum em profissionais que trabalham sob pressão constante, como médicos, publicitários e professores. 

    Toda essa pressão, ansiedade e nervosismo resultam em uma depressão profunda, que precisa de acompanhamento médico constante.

    A tendência é que a síndrome de burnout se torne cada vez mais comum, sendo que seu diagnóstico é realizado por meio de uma consulta médica com um psicólogo ou um psiquiatra. Os estudos realizados sobre estresse, buscam, também, demonstrar que o custo do estresse torna-se muito mais alto que a sua prevenção .

     Os sintomas da síndrome de burnout podem ser físicos ou psicológicos, sendo que a pessoa pode apresentar:

– Cansaço mental e físico excessivos;

– Insônia;

– Dificuldade de concentração;

– Perda de apetite;

– Irritabilidade e agressividade;

– Lapsos de memória;

– Baixa autoestima;

– Desânimo e apatia;

– Dores de cabeça e no corpo;

– Negatividade constante;

– Sentimentos de derrota, de fracasso e de insegurança;

– Isolamento social;

– Pressão alta e

– Tristeza excessiva.

 

    O tratamento da síndrome de burnout pode ser feito por meio de medicamentos para tratar de seus sintomas. E o burnout requer que o indivíduo faça terapia e acompanhamentos com um médico de forma constante.

    No entanto, existem alternativas que podem ser utilizadas pela administração para minimizar o impacto negativo do estresse sobre os funcionários, como por exemplo, maior cuidado na seleção de pessoal, definição realista de metas, melhor administração do tempo, redesenho de cargos, maior envolvimento dos colaboradores, ampliação de redes de apoio social, melhoria na comunicação organizacional, implantação de programas de bem-estar apoiados pela organização.

    Robbins (1999, p. 414) destaca alguns aspectos a serem observados na administração do estresse, definindo teoricamente duas abordagens: abordagem individual e abordagem organizacional. Em relação à abordagem individual, Robbins afirma que algumas estratégias individuais como implementação de técnicas de administração do tempo, o aumento de exercícios físicos, o treinamento de relaxamento e a expansão da rede de suporte social, têm se mostrado eficazes na redução do estresse profissional. 

    Quanto à abordagem organizacional, Robbins (1999, p. 415) explica que vários agentes estressores, como por exemplo, as exigências de tarefas e papel e a estrutura organizacional são controlados pela administração, portanto podem ser modificados. Robbins sugere que a administração deve adotar estratégias que incluem a seleção de pessoal e colocação no cargo melhoradas, maior envolvimento do funcionário com a organização, melhor comunicação organizacional e a implantação de programas de bem-estar corporativos.

 

Texto escrito por: Roberta Salvadego e Emanuel Leite

 

Referências:

CORSO, Kathiane Benedetti; FALLER, Lisiane Pellini; SANTOS, Débora Luíza. SÍNDROME DE BURNOUT NAS ORGANIZAÇÕES PÚBLICAS DE SAÚDE E OS VALORES ORGANIZACIONAIS. COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL, [s. l.], 2020.    

OLIVEIRA, Luciano Oliveira; OLIVEIRA, Simone Machado Kühn. A SÍNDROME DE BURNOUT NAS ORGANIZAÇÕES. Estudos Contemporâneos em Gestão Organizacional, [s. l.], 2016.

PÊGO, Francinara Pereira Lopes; PÊGO, Delcir Rodrigues. Síndrome de Burnout. Síndrome de Burnout, [s. l.], 2015.

ROBBINS, Stephen P. Comportamento Organizacional. 8. ed. Rio de Janeiro: LTC - Livros Técnicos e Científicos Editora, 1999.

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