Em geral, os psicólogos organizacionais concentram-se boa parte do seu trabalho, em ampliar a eficácia e o funcionamento das organizações. Focam diversos aspectos entre eles: recrutamento, seleção, treinamento de pessoas, criação de tarefas mais adequadas ou a criação de organizações que funcionem melhor (SPECTOR, 2012).
Sendo assim o interesse da POT, deve se dá em como humanizar o ambiente de trabalho, observando todas as dimensões: pessoal, cognitiva e afetiva em seus elementos implícitos e explícitos, assim como os estados subjetivos, intenções, motivações, crenças e valores do trabalhador, principalmente em relação a saúde.
Diante disso, percebe-se o quanto o trabalho do psicólogo dentro das organizações é amplo e requer do profissional a competência de compreender o trabalho da psicologia organizacional como parte fundamental dentro de uma empresa. hoje em dia vale ressaltar que a psicologia organizacional estuda o comportamento e os fenômenos psicológicos que acontece dentro das empresas, com objetivo de analisar suas implicações dentro de um ambiente de trabalho, seu principal objetivo deve ser aumentar a qualidade de vida no trabalho, além de promover um bom clima organizacional, desenvolvimento pessoal e relação harmônica entre os funcionários.
A competência profissional só será efetivada com a disposição para aprender sempre, renovando o aprendizado, que requer iniciativa, autoconhecimento, flexibilidade e preocupação em manter-se sempre informado, desenvolvendo a criatividade.
Nesse sentido, devemos, ao tratar de comportamento organizacional, considerar o funcionamento psicológico dos colaboradores, sua saúde mental, para compreendermos melhor as relações que se estabelecem no ambiente de trabalho. E como profissionais atuantes no mercado de trabalho, segundo Zanelli (2007), precisamos desenvolver a capacidade de:
Reconhecer os fatores do ambiente de trabalho que põem em risco o bem-estar emocional dos trabalhadores;
Conscientizar a gestão ou direção da empresa da necessidade de informar e trabalhar com as mudanças de forma transparente;
Capacitar líderes, gestores e colaboradores para desenvolver sua capacidade de auto e hetero gerenciamento das emoções, bem como sensibilizar da influência dos fatores externos na interpretação das emoções, o que pode originar conflitos interpessoais;
Inventar espaços no ambiente organizacional que possam possibilitar a canalização de energias negativas provenientes de experiências interpessoais consideradas indesejadas;
Administrar o uso do trabalho emocional, de forma que a expressão das emoções seja verdadeira e autêntica, conforme os sentimentos de cada um.
Considerando as capacidades necessárias e exercidas citadas a cima, o trabalho do psicólogo segundo Zanelli (2014) não é mais restrito apenas em industrias. Ou seja, esse trabalho se expandiu considerando que as questões e necessidades ele abarca são presentes dentro de organizações públicas, cooperativas, sindicatos, organizações de serviços e entre outros.
Além disso, apesar de a Psicologia Organizacional ser a área que mais emprega dentro do campo da psicologia por tempo integral, ela está também passando por modificações dentro do ramo. O autor antes mencionado pontua as possibilidades crescentes de esses profissionais cada vez mais trabalharem de modo autônomo prestando serviços para empresas como por exemplo por meio de consultorias.
“...qualquer campo científico e profissional apresenta uma dinâmica própria e modifica-se com o tempo. Novas atividades surgem e se consolidam, assim como novas formas de realizar velhas atividades” (ZANELLI, 2014, p. 573).
Imagem de PourquoiPas por Pixabay
REFERÊNCIAS:
SPECTOR, P. E. Psicologia nas organizações. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2012.
ZANELLI, BORGES-ANDRADE, BASTOS. Psicologia, organizações e trabalho no Brasil. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.
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